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segunda-feira, 11 de julho de 2011

O Ator que faz o 'Xavier' de 'Morde e Assopra'



Quando conseguiu o papel do Sargento Xavier em "Morde & Assopra" (Globo), tudo o que Anderson Di Rizzi, 32, sabia era que interpretaria um caipira.
Mas seu jeca, que vem sendo comparado ao ícone do cinema Mazzaropi, rendeu elogios que, ele confessa, o surpreenderam.
"A sinopse dizia: Xavier é medroso e atrapalhado. Tinha só uma linha", diz ele. "Vi muitos filmes, mas jamais quis me comparar. Mazzaropi era gênio."

O ator conta que sua inspiração foi o seu cão, Caco.
"O Xavier é como um cachorro, porque ele não tem noção. Se você passa um pano para limpar o chão, ele vai lá e pisa", diz o ator.
"Senti que o personagem tornou-se popular e, com isso, ganhou mais espaço na novela. Eu mesmo rio com as caras do Xavier", elogia o autor de "Morde & Assopra", Walcyr Carrasco.

Quem não deu boas risadas com as trapalhadas no sargento Xavier, personagem interpretado por Anderson di Rizzi, na novela Morde & Assopra. O jeito caipira e as expressões que lembram o mestre do humor Mazzaropi estão encantando o público, e hoje o casal formado por ele e a doce Maria João (Jurema Reis) é um dos mais queridos da televisão.

Anderson, de 32, é natural de Campinas, e foi em Piracicaba, que Xavier começou a ser esculpido. “Fiquei uma semana lá, convivendo com os parentes de meus pais. Ele tem um pouco daquele sotaque e o jeito”. Para arrematar, Rizzi lembrou de lições de Mazzaropi. “Assisti a todos filmes dele. Xavier tem traços de Candinho”.

Ele também conta em entrevista a EPTV Campinas que batalhou muito para conseguir um lugar ao sol. Rizzi batalha por uma luz sob os holofotes desde os 18 anos. Durante a carreira, contabiliza já sabendo de cor a resposta: “Recebi mais ‘nãos’ do que 'sim'. Muitos ‘nãos’”, repetiu a frase mais de uma vez durante a conversa, elegendo-a como seu bordão. Para ilustrar a aridez, recorda-se da vez em que fez vigília na porta do Projac, no Rio de Janeiro. “Fiquei três dias lá esperando alguém para entregar meu material. Não deu certo”. Após uma pausa, completa: “Hoje, tenho crachá da Globo”.



Rizzi morou em Campinas até os 18 anos. Neste período, a cabeça do ator não estava ligada às artes, mas a uma bola de futebol. O campineiro almejava ser jogador de futebol. Afirma ter sido bom de bola, mas a carreira não passou do meio de campo. "Não deslanchou!". Quando a maturidade aflorou, buscou trabalho: foi instrutor em academia e trabalhou no INSS. Até que, por intermédio de um amigo, dono de agência publicitária em Campinas; Rizzi despertou seu lado artístico.De mudança para São Paulo, enveredou-se pela carreira como ator de publicidade. A primeira participação, lembra, foi no "Programa do Gugu", no SBT. "Participei dos quadros 'Luta na Lama' e 'Banheira do Gugu'". Quando tomou a profissão de ator como sua, resolveu estudar. Cursou teatro na Faculdade Paulista de Artes, em São Paulo. De lá para cá, atuou em comerciais de rede nacional, como o da Kaiser e Volkswagem. "São mais de 80", arrisca.

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